A utilização de medicamentos por conta própria sem a avaliação de um médico é denominada como um fenômeno da medicalização da vida. Atualmente, esse fenômeno vem crescendo constantemente no cotidiano da sociedade, ainda mais pela pandemia, na qual as pessoas repudiam a ideia de ir ao hospital, pois é onde há mais contágio do sarscovid. Nesse prisma, é notório que essa ação aumenta a medicalização e junto os riscos à saúde, como a dependência dos remédios.
A princípio, por conta do isolamento social a maioria dos jovens estão ficando mais deprimidos e ansiosos. Mediante a isso, muitos sofrem com sintomas dessas doenças mentais, como a insônia e com o fito de conseguir dormir, ingerem remédios com efeitos soníferos como dramin e antialérgicos. Logo, o uso constante desses remédios, causa uma dependência que o faz tomá-los mesmo sem necessitar, acarretando o não funcionamento da pílula e mal estar gástrico.
Por outro lado, na série O Gambito da Rainha, a personagem Beth no orfanato era obrigada a tomar pílulas tranquilizantes para que as crianças órfãs dormissem mais rápido, com o tempo ela percebe que essas pílulas a faziam ter alucinações e ter melhor concentração no xadrez. Depois de há muito tempo não ter mais contato com esses remédios por conta de uma overdose e ter sido adotada por uma família, Beth encontra essa pílula nas coisas de sua mãe adotiva. Doravante, ela começa a ter uma forte dependência nesses remédios, mesmo sem precisar, virando um vício que a fazia acreditar que só com ele conseguiria ganhar as competições de xadrez.
Diante do que foi citado, é indubitável que a automedicação é um vício desse século que traz malefícios à saúde, dependência e problemas gastro intestinais. Dessarte, o remédio causa uma falsa visão e perspectiva do indivíduo, tornando-o mais confiante de si mediante ao medicamento e com isso cresce a vontade de não procurar um médico. O primeiro passo deve ser dado, em que a pessoa reconheça as consequências e tente diminuir o uso.
Por Ana Clara Carvalho
